quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Síndrome de Disfunções do Movimento: disfunções lombares em remadores

Uma das lesões mais comuns em remadores é a lombalgia mecânica com incidência de 38.4%, sendo considerado o maior fator de afastamento dos treinos.  

Durante 70% do movimento do remo o atleta está em postura de flexão lombar. Foram registradas angulações de até 55° acima do máximo de flexão considerada fisiológica. Em uma sessão de treino apenas, de 90 minutos de duração, foram registrados aproximadamente 1800 ciclos de flexão lombar.

As lesões de remadores são atribuídas principalmente à baixa qualidade técnica. Como o remo é um esporte com ciclos de movimento repetitivo, esta biomecânica ineficiente pode ser considerada um fator predisponente as lesões.

A coluna funciona corretamente, graças ao controle e ao suporte fornecido pela musculatura estabilizadora do tronco.

A disfunção do movimento se instala, caracteristicamente pelo tipo de postura prolongada ou os movimentos que o atleta realiza ao longo do dia.

A disfunção da coluna vertebral é a conseqüência de microtraumas cumulativos, cuja causa são as alterações posturais, a falta de controle dos músculos estabilizadores da coluna e aos padrões de movimento da coluna.

 “Em caso de disfunção, nosso principal objetivo consistirá em determinar o sentido do alinhamento, do estresse ou do movimento da coluna que regularmente desencadeia ou agrava os sintomas do paciente.”
S. Sahrmann

Comumente o local sede dos sintomas é o especialmente mais suscetível ao movimento, por tornar-se mais flexível que os outros pontos no qual acontecem os movimentos. Isto aumenta conseqüentemente, a flexibilidade no local que está sujeito aos movimentos repetitivos. Esse princípio segue a lei da física: o movimento se realiza no sentido de menor resistência.




 Realizando a correção, a coluna deixa de ficar sujeita aos estresses lesivos nos tecidos.


Os pontos-chave na prevenção e no tratamento da disfunção da coluna lombar são: a musculatura do tronco precisa manter a coluna e a pelve no melhor alinhamento possível; deve-se evitar excesso de movimento na coluna. Para isso, os músculos precisam ter o comprimento e a força adequados e precisam ser capazes de executar o padrão correto de atividades.


Durante os movimentos dos membros, os músculos do tronco precisam entrar em contração isométrica ideal para estabilizar corretamente as inserções proximais dos músculos dos membros.


O exame diagnóstico para a disfunção do movimento requer uma combinação de testes, a fim de determinar os fatores que contribuem para a disfunção, a partir daí, utilizar os testes positivos assim como correções posturais como método de tratamento dessas disfunções.

 

O diagnóstico das disfunções é baseado nos movimentos ou testes que provoquem ou agravem os sintomas e nos movimentos de tronco ou membros que induzam um movimento compensatório na coluna. Ex: paciente sentado realizando extensão unilateral do joelho, esse movimento pode levar a uma rotação posterior da pelve e conseqüente flexão lombar.
  



  
 


  A estabilização utilizando bandagens fixas ou elásticas, além de um programa capaz de corrigir as disfunções dos tecidos moles que contribuem para o estresse imposto à articulação em questão (o excesso de flexibilidade dos extensores de tronco, a rigidez da musculatura glútea, a fraqueza dos oblíquos externos, por exemplo), são meios eficazes para corrigir a disfunção.  



   


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