domingo, 28 de novembro de 2010

Tendinopatia no Esporte

As tendinopatias são uma das lesões mais comuns no esporte pelo estresse e força gerada no tendão durante as atividades esportivas, o que aumenta o risco de lesões.

Movimentos repetitivos de determinados segmentos corporais e/ou posturas anormais que modificam o padrão normal das forças que o tendão pode suportar, são exemplos claros de mecanismos facilitadores de lesão tendínea. A lesão tendínea que resulta de fatores externos é comumente denominada de overuse ou lesão por excesso de uso.

O tendão pode ser danificado por três fatores, tensão, compressão e/ou abrasão. O mesmo é pouco vascularizado e possui baixa taxa metabólica, necessitando de um tempo maior para resíntese de colágeno, diminuindo dessa forma seu processo de recuperação após a ocorrência de lesões.

Estudos histológicos de tendões utilizando ultrasom diagnóstico e Doppler apresentaram áreas de neovascularização no tendão. Foram avaliados tendões de calcâneo, patelar, extensores do carpo, porção longa do bíceps, supra-espinal, bíceps femoral...  Um desses estudos realizou um bloqueio neural mediante um anestésico local injetado na área que apresentava neovascularização o que eliminou a dor temporariamente. Estudos com análise imunohistoquímica que demonstraram a presença de estruturas nervosas adjacentes aos neovasos sendo que as mesmas não foram encontradas nos controles. 

Os autores concluíram que tais estruturas nervosas que acompanham os neovasos estão implicadas na dor presente nas tendinopatias.

Diversos estudos com análise histológica dos tendões normais e com tendinopatias, apresentam evidências cientificas suficientes para afirmar  que a patologia do tendão não é do tipo inflamatório mas sim degenerativo, como se demonstram os resultados das biópsias e os estudos radiológicos (ausência de infiltrado celular inflamatório e degeneração colágena) e ainda existe uma correlação entre a neovascularização e as mudanças estruturais e a dor nas tendinopatias.

Na literatura atual existem inúmeros artigos sobre a eficácia da utilização de exercícios excêntricos no tratamento das tendinopatias. Os resultados são bem eficazes, normalizando a função, reduzindo/abolindo a dor e melhorando a estrutura histológica do tendão. Os principais autores que estudam as tendinopatias são H. Alfredson, J. Cook, dentre outros.

Baseado na literatura estudada pode-se concluir que o exercício excêntrico é um meio de tratamento eficaz para as tendinopatias, com exceção da tendinose de inserção do tendão de Aquiles.

A evidência sugere que o exercício excêntrico contribui para melhorar as tendinopatias dos membros inferiores, possivelmente mediante a isquemia nos neovasos e reorganização colágena.


  O tratamento excêntrico utilizado é com altas cargas, sempre sintomático, antes do ponto de incapacidade funcional. O protocolo padrão mais utilizado é : 3 x 15 repetições, duas vezes ao dia, sete dias por semana. A duração média do tratamento é de 8 a 12 semanas. O exercício deve ser realizado lentamente, deve-se aumentar a carga quando a dor for mínima ou ausente. 


Outra técnica que apresenta boa resposta no tratamento das tendinopatias é a crochetagem.

A Crochetagem é uma técnica manipulativa fisioterapêutica, baseada na utilização de ganchos para o tratamento dos tecidos lesionados. Tem como objetivo remover aderências e/ou fibrose do tecido miofascial ocasionadas por disfunções mecânicas. 
A manipulação através do gancho sobre o tecido cutâneo promove realinhamento e restaura o movimento entre as fibras do tecido miofascial, restaurando assim, as características anatômicas.  A crochetagem tem apresentado bons resultados no tratamento das tendinopatias, pois promove uma hiperemia profunda melhorando a nutrição tecidual e otimizando a recuperação, visto que o tendão é pouco vascularizado, auxiliando na retirada de metabólitos do local, além de promover um realinhamento 


Outra técnica que apresenta bons resultados na abordagem de tratemento das tendinopatias é a Kinesio Taping, melhorando a vascularização local, corrigindo disfunções fasciais e reduzindo as tensões imposta no tendão, visto que dificilmente um atleta irá ficar 10 semanas tratando uma lesão sem treinar ou competir, a não ser que esta limite consideravelmente sua capacidade funcional.


A fisioterapia desportiva tem como objetivo identificar alterações biomecânicas do movimento, avaliar as condições fisiológicas do atleta e intervir precocemente, atuando de forma preventiva a possíveis lesões ou mecanismos lesionais conhecidos.

A fisioterapia desportiva deve utilizar todas as abordagens de tratamento disponíveis para otimizar o tratamento deste atleta.



Referências:

Alfredson H, Pietilä T, Jonsson P, Lorentzon R. Heavy-load eccentric calf muscle training for the treatment of chronic Achilles tendinosis. Am J Sports Med.26(3):360-366.

Chang H, Burke A, Glass R. JAMA patient page. Achilles tendinopathy. JAMA. Jan 2010;303(2):188.

Narici M, Maganaris C. Adaptability of elderly human muscles and tendons to increased loading. J Anat. Apr 2006;208(4):433-443.

Wasielewski N, Kotsko K. Does eccentric exercise reduce pain and improve strength in physically active adults with symptomatic lower extremity tendinosis? A systematic review. J Athl Train.42(3):409-421.
 
Alfredson H, Bjur D, Thorsen K, Lorentzon R. High intratendinous lactate levels in painful chronic Achilles
tendinosis. An investigation using microdialysis technique. J Orthop Res 2002: 20: 934–938.

Alfredson H, Forsgren S, Thorsen K, Fahlstro¨mM, Johansson H, Lorentzon R. Glutamate NMDAR1 receptors localised to nerves in human. Achilles tendons Implications for treatment? Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 2000: 9: 123–126.

Alfredson H, O¨ hberg L. Neovascularisation in chronic painful patellar tendinosis-promising results
after sclerosing neovessels outside the tendon challenges the need for surgery. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 2005a: 13: 74–80.

Khan KM, Cook JL, Bonar F, et al. Histopathology of common overuse tendon conditions: update and implications for clinical management. Sports Med 1999;27:393–408.

Cook JL, Khan KM, Maffulli N, et al. Patellar tendinopathy: new approaches to a chronic problem. The physician and sports medicine 2000;28:31–46.

Khan KM, Cook JL, Maffulli N, et al. Where is the pain coming from in tendinopathy? It may be biochemical, not only structural, in origin. Br J Sports Med 2000;34:81–4.

Khan KM, Cook JL. Overuse tendon injuries: where does the pain come from? Sports Medicine and Arthroscopy Reviews 2000;8:17–31

Cook JL, Khan KM, Harcourt PR, et al. Patellar tendon ultrasonography in asymptomatic active athletes reveals hypoechoic regions: a study of 320 tendons. Clin J Sport Med 1998;8:73–7.
 

 

 
 



 

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sábado, 13 de novembro de 2010

Análise dos efeitos da Crochetagem na performance de um atleta de remo no teste de remo ergômetro: estudo de caso

Análise dos efeitos da Crochetagem na performance de um atleta de remo no teste de remo ergômetro: estudo de caso


Analysis of the Crochetagem effect on a rowing athlete’s performance in rowing ergometer test: case report

Gabriel Basto Fernandes, Ft. 1
Henrique Baumgahrt, Ft. 2
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1 Fisioterapeuta do remo do C. R Vasco da Gama; Pós-Graduado em Traumato-Ortopedia com ênfase em terapias manuais integradas pela Universidade Candido Mendes; Membro da Associação Brasileira de
Crochetagem.
2 Fisioterapeuta prof. da UNESA e da Universidade Severino Sombra; STAF do Hospital Central do IASERJ; Mestre em Educação; Especialista em Osteopatia e Psicomotricidade

Resumo: O remo é um esporte de resistência com alta demanda da potência muscular. Uma prova de remo tem 2000m de distância e duração de 6-8 minutos. Consequentemente, os remadores são impostos a excessivas rotinas de treino visando obter o condicionamento necessário para o esporte. A postura inadequada leva a movimentos inapropriados, necessitando de mais força ou mais movimentos, o que pode levar a restrições dos planos de deslizamento tissular, gerando movimentos e posturas que demandam maior gasto energético e são biomecanicamente ineficientes. A Crochetagem quebra essas aderências miofasciais facilitando o movimento e a contração muscular. A pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos da Crochetagem sobre o desempenho de um atleta de remo, durante o teste de remo ergômetro. Foi criado um protocolo da técnica de Crochetagem onde foi aplicado no atleta, durante 10 sessões e reavaliado a cada 5. As avaliações foram feitas em um remo ergômetro Concept-2, onde o atleta realizava um teste de 2000m na voga 24. Comparados os testes de antes da aplicação do protocolo, após 5 sessões e após 10 sessões, observou-se uma mudança positiva, gradativa da potência muscular e uma redução do tempo dos testes. O protocolo mostrou-se extremamente eficaz, podendo-se observar benefícios em curto prazo e evidenciando um aumento no desempenho do atleta num teste de alta fidedignidade como o remo ergômetro, reduzindo o tempo final em 2.3 segundos. Sugere-se novas pesquisas, a fim de melhor embasar o que foi apresentado neste.

Palavras-chave: Crochetagem; remo; ergômetro; performance

Abstract: Rowing is an endurance sport with a demand for high muscular strength. A rowing competition is performed over a distance of 2000 m with corresponding race-times of approximately 6-8 minutes. Consequently, elite rowers perform excessive amounts of training to achieve optimal physiological adaptations to meet the biomechanical requirements of the rowing. Poor postural control leads to inappropriate movements, that demands high level of force generation or unnecessary movements. This can lead to a restricted connective tissue plane, which involves higher energy waste and to poor biomechanical movements. The Crochetagem technique breaks this miofascial adherence, making it easier the body motion and muscle contraction. The purpose of this study was to assess the effects of the Crochetagem technique on a rower athlete performance during an ergometer test. It was created a Crochetagem protocol and applied to the rower during 10 sessions and reassessed at each 5 sessions. The assessment was done on a Concept-2 rowing ergometer where the athlete performed a 2000 meters ergometer test with 24 strokes per minute. Comparing the results of the three tests, before the crochetagem protocol, after five sessions and after ten sessions, we could see a positive gradual change of the muscle power and a reduction of the tests time. The protocol shows itself extremely efficient, it was observed short time benefits and it shows improvement on the rower’s performance on a rowing ergometer, by decreasing on 2.3 seconds the time of the final test. New researches are suggested to establish a better foundation with the results here presented.

Key-words: Crochetagem; rowing; ergometer; performance.


Gráficos 


Revista Fisioterapia Ser
Ano 5- nº3 - JUL/AGO/SET- 2010 




Apresentação de pôster no 5º Congresso Internacional de Fisioterapia (SBF) – Fortaleza, Ceará (09/2010)  


             



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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Síndrome de Disfunções do Movimento: disfunções lombares em remadores

Uma das lesões mais comuns em remadores é a lombalgia mecânica com incidência de 38.4%, sendo considerado o maior fator de afastamento dos treinos.  

Durante 70% do movimento do remo o atleta está em postura de flexão lombar. Foram registradas angulações de até 55° acima do máximo de flexão considerada fisiológica. Em uma sessão de treino apenas, de 90 minutos de duração, foram registrados aproximadamente 1800 ciclos de flexão lombar.

As lesões de remadores são atribuídas principalmente à baixa qualidade técnica. Como o remo é um esporte com ciclos de movimento repetitivo, esta biomecânica ineficiente pode ser considerada um fator predisponente as lesões.

A coluna funciona corretamente, graças ao controle e ao suporte fornecido pela musculatura estabilizadora do tronco.

A disfunção do movimento se instala, caracteristicamente pelo tipo de postura prolongada ou os movimentos que o atleta realiza ao longo do dia.

A disfunção da coluna vertebral é a conseqüência de microtraumas cumulativos, cuja causa são as alterações posturais, a falta de controle dos músculos estabilizadores da coluna e aos padrões de movimento da coluna.

 “Em caso de disfunção, nosso principal objetivo consistirá em determinar o sentido do alinhamento, do estresse ou do movimento da coluna que regularmente desencadeia ou agrava os sintomas do paciente.”
S. Sahrmann

Comumente o local sede dos sintomas é o especialmente mais suscetível ao movimento, por tornar-se mais flexível que os outros pontos no qual acontecem os movimentos. Isto aumenta conseqüentemente, a flexibilidade no local que está sujeito aos movimentos repetitivos. Esse princípio segue a lei da física: o movimento se realiza no sentido de menor resistência.




 Realizando a correção, a coluna deixa de ficar sujeita aos estresses lesivos nos tecidos.


Os pontos-chave na prevenção e no tratamento da disfunção da coluna lombar são: a musculatura do tronco precisa manter a coluna e a pelve no melhor alinhamento possível; deve-se evitar excesso de movimento na coluna. Para isso, os músculos precisam ter o comprimento e a força adequados e precisam ser capazes de executar o padrão correto de atividades.


Durante os movimentos dos membros, os músculos do tronco precisam entrar em contração isométrica ideal para estabilizar corretamente as inserções proximais dos músculos dos membros.


O exame diagnóstico para a disfunção do movimento requer uma combinação de testes, a fim de determinar os fatores que contribuem para a disfunção, a partir daí, utilizar os testes positivos assim como correções posturais como método de tratamento dessas disfunções.

 

O diagnóstico das disfunções é baseado nos movimentos ou testes que provoquem ou agravem os sintomas e nos movimentos de tronco ou membros que induzam um movimento compensatório na coluna. Ex: paciente sentado realizando extensão unilateral do joelho, esse movimento pode levar a uma rotação posterior da pelve e conseqüente flexão lombar.
  



  
 


  A estabilização utilizando bandagens fixas ou elásticas, além de um programa capaz de corrigir as disfunções dos tecidos moles que contribuem para o estresse imposto à articulação em questão (o excesso de flexibilidade dos extensores de tronco, a rigidez da musculatura glútea, a fraqueza dos oblíquos externos, por exemplo), são meios eficazes para corrigir a disfunção.  



   


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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

  


O Método de Kinesio Taping foi criado no Japão pelo Quiroprata Dr. Kenso Kase nos anos 70.  Foi desenvolvido através da hipótese que a função dos músculos não era apenas restrita aos movimentos do corpo, mas também ao controle da circulação de fluxos venosos, linfáticos e temperatura corporal, portanto, a incapacidade funcional dos músculos poderia induzir vários tipos de sintomas.

Baseado nessa idéia, de tratar os músculos a fim de ativar processo de auto-cura do corpo, foi descoberto que os músculos e outros tecidos poderiam ser ajudados por bandagem elástica adesiva. 



Existem hoje no mercado muitas marcas de Bandagem Elástica Adesiva, mas só uma atende a todos os requisitos da Kinesiotaping Association, é a Kinesio Tex-Gold fabricada com a licença da kinesiotaping Association e a única liberada pela ANVISA no Brasil.



A bandagem é composta por tecido 100% algodão, sendo hipoalergênica, além de preservar a amplitude de movimentos sem restrições. Não possui nenhum medicamento e nem possui diferença entre as cores.
 


A Kinesiotape reduz a dor através de estímulos proprioceptivos fornecidos pela bandagem na pele, através de técnicas específicas, ela reduz as tensões geradas nos tecidos pela disfunção ou pela lesão, auxilia nas correções das disfunções responsáveis pela dor, através de técnicas posicionais, melhora a propriocepção e conseqüente estabilização articular, auxilia na contração muscular ou na redução da contração excessiva dos músculos. 

 Ela atua na circulação sanguínea e linfática, contribuindo para a redução do edema local e da melhor drenagem dos tecidos.
Devido sua importante influência nos tecidos, ela vem sendo associada a diversas abordagens de tratamento, principalmente no meio esportivo. 
 A bandagem quando utilizada em conjunto a técnicas de terapia manual, promove uma redução no tempo de reabilitação, oferecendo melhores condições para que o atleta retorne, reduzindo os déficits da falta de treino devido à lesão, como hipotonias musculares, edemas crônicos, perda prolongada da função ou o descondicionamento por falta de treino.
 Atualmente utilizada pelos principais atletas, em quase todos os esportes.








 Seu objetivo no esporte podem ser preventivos, baseando-se nas principais lesões relacionadas ao gestual desportivo e na suscetibilidade direcional do movimento levando às disfunções de movimento já citadas exaustivas vezes e a otimização durante todo o processo de reabilitação como também na reintegração do atleta lesionado ao esporte de alta performance.
  
  






Importante lembrar que a dor, seja articular ou muscular, tendínea são devidas a uma causa específica, seja um trauma, uma disfunção mecânica, excesso de treinamento, por tanto, o atleta deve ser avaliado a fim de se encontrar a disfunção e então aplicar a  Kinesiotape da melhor forma para aquela lesão, daquele atleta. Duas lombalgias em remadores não necessariamente têm a mesma causa.

    
  

















Referências


Kase, Kenzo; et al. Clinical Therapeutic  Applications of the Kinesio Taping Method, 2003.
Kase, Kenzo; et al. Kinesio Taping in Lymphoedema and Chronic Swelling, 2006.
Kase, Kenzo; et al. Kinesio Taping in Pediatrics – Fundamentals and Whole Body Taping, 2006.
Frazier S, Whitman J, Smith M. Utilization of kinesio tex tape in patients with shoulder pain or dysfunction: a case series. Advanced Healing.2006; Summer:18-20.

Halseth T, McChesney JW, DeBeliso M, Vaughn R, Lien J. The effects of kinesio taping on proprioception at the ankle. J Sports Sci Med. 2004;3:1-7.

Jaraczewska E, Long C. Kinesio taping in stroke: improving functional use of the upper
extremity in hemiplegia. Top Stroke Rehabil 2006;13:31-42. http://dx.doi.org/10.1310/33KAXYE3-
QWJB-WGT6
Murray H, Husk LJ. Effect of kinesio taping on proprioception in the ankle [abstract]. J Orthop Sports Phys Ther. 2001;31:A37.

Osterhues DJ. The use of Kinesio Taping in the management of traumatic patella dislocation. A case study. Physiother Theor Pract. 2004;20:267-270.

Yoshida A, Kahanov L. The effect of kinesio taping on lower trunk range of motions. Res
Sports Med. 2007;15:103-112. http://dx.doi.org/10.1080/15438620701405206

Murray, H. (2001) Effects of KinesioTM taping on muscle strength after ACL-repair.
Avaliable from URL: http://www.kinesiotaping.com. April 15, 2002, 1-3.

Murray, H. and Husk, L. (2001) Effect of KinesioTM taping on proprioception in the ankle. Journal of Orthopedic Sports Physical Therapy 31, A-37

www.kinesiotaping.com

Bandagens Plus - Representate da Kinesio Tape no Brasil 

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Remo

Mostrando um pouco do trabalho com os atletas de remo do C.R Vasco da Gama !!
















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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bandagem Funcional para Disfunção Escapular

Eu já abordei um tema sobre a síndrome do impacto, que eu a explicava através de uma disfunção escapular, a síndrome de rotação inferior da escápula. Essa disfunção se deve ao alongamento excessivo/fraqueza do músculo Trapézio feixe descendente, em manter a escápula na sua posição adequada.  

Hoje eu vou escrever sobre uma abordagem para facilitar o nosso trabalho. A bandagem funcional, especificamente a utilizada no tratamento desta disfunção escapular. 

Eu vou explicar aqui o necessário para esta disfunção. O objetivo não é dar um curso online de bandagem funcional !

No artigo, que utilizei como referência, eu achei a imagem abaixo.  Ela demonstra a rotação inferior escapular, bem comum em nossa prática clinica quando atendemos disfunções escapulares. Essa rotação inferior diminui o espaço subacromial, gerando as síndromes do impacto.

 Observa-se ângulo inferior da escápula mais próximo aos processos espinhosos e o acrômio projetado mais inferior (sempre comparando com o lado não sintomático).
A bandagem auxilia na manutenção da posição de repouso escapular, mantendo a escápula numa posição mais perto do padrão considerado de “normalidade”, diminuindo o estresse nos tecidos moles e articulações.

As complicações referentes a esta síndrome foram abordadas no post comentado acima.

Primeiramente são colocadas as tiras para proteger a pele e dar melhor fixação a bandagem. 
Como o ângulo escapular é de 20º e a escápula não realiza movimentos em apenas um eixo, a rotação inferior comumente se apresenta com inclinação anterior, devido o encurtamento do m. peitoral menor, o paciente apresenta o descolamento do ângulo inferior da escápula da caixa torácica. Por isso são 2 tiras, uma mais vertical e outra mais obliqua, realizando a correção nos 2 sentidos, rotação e inclinação.
Por enquanto o fisioterapeuta apenas coloca as fitas de proteção. Sem correção, sem tensão. 


Observe que a correção realizada para colar a bandagem (C, D ) é a mesma realizada como teste diagnóstico da síndrome de rotação inferior, o posicionamento passivo em rotação superior e inclinação posterior da escápula. O teste foi comentando por mim no outro post sobre disfunção escapular.

Posição Final

O artigo de onde retirei as imagens é um estudo de caso. O autor apresenta os dados encontrados na avaliação do paciente, como o teste de força muscular.
Lembrando a bandagem funcional é uma técnica que serve para auxiliar a reabilitação do paciente, é importante prescreve um programa de tratamento abrangendo outras técnicas manuais relevantes, assim como exercícios e alongamentos específicos para este paciente.  


Uma observação: o autor utiliza o termo abdução para especificar a rotação superior da escápula e rotação para especificar a inclinação anterior. É apenas uma outra terminologia, que utiliza também protração ao invés de abdução da escápula. 


Referências:

http://www.4shared.com/document/e2AzY2CN/Scapular_Taping_in_the_Treatme.html?

http://www.4shared.com/document/0TB49MeQ/Scapula_Taping_-_Shoulder_Impi.html

Gostaria de agradecer a todos que estão visitando o blog, fiquem a vontade para comentar e para seguir o blog !!

Obrigado ! 

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